11/22/2025
11:40:49 AM
O consumo de ultraprocessados no Brasil mais que dobrou nas últimas décadas.A participação desse tipo de comida na alimentação do brasileiro, que era de 10%, nos anos 1980l, já responde por 23% da dieta.Em outras palavras, praticamente um quarto da comida que o brasileiro ingere é comida com excesso de açúcar, corantes e outros tipos de aditivos químicos,A constatação foi feita com base em uma série de artigos assinados por mais de 40 cientistas.O estudo, liderado por pesquisadores da USP, foi publicado na revista científica Lancet e analisou dados de 93 países e mostrou que o aumento é geral. Entre as nações estudadas, apenas uma manteve os índices estáveis ao longo desses anos: o Reino Unido.O que não significa que por lá o consumo de ultraprocessados seja pequeno, ao contrário: eles representam 50% da alimentação dos britânicos.E, com esse percentual, eles só perdem para os norte-americanos. Nos Estados Unidos, os itens ultraprocessados já respondem por 60% da alimentação das pessoas.Assim como o Brasil, outras nações também têm visto o consumo de ultraprocessados aumentar.Em países como Espanha e Coreia do Sul, ele triplicou nas últimas décadas. Em outras regiões, como China e Argentina, também houve avanço significativo.Segundo os estudiosos, essa alta não ocorre por coincidência ou acaso: grandes corporações impulsionam a mudança alimentar com marketing pesado e lobby político que atrapalha políticas públicas de alimentação saudável.Vale lembrar que dietas ricas em ultraprocessados estão ligadas a obesidade, diabetes tipo 2, câncer colorretal e outros tipos de doenças.E isso não é achismo ou papo de natureba: de 104 estudos revisados, 92 apontam maior risco maior para problemas de saúde envolvendo produtos industrializados como biscoitos recheados, refrigerantes, macarrão instantâneo e iogurtes saborizados, entre muitos outros. radio 2
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